quarta-feira, 4 de maio de 2016

DILMA DEIXA BOMBA FISCAL PARA O NOVO GOVERNO

 - Atualizado em 
Presidente Dilma Rousseff durante o pronunciamento de hoje (18), no Palácio do Planalto, em Brasília
A Fazenda afirma ainda que não vai deixar uma "bomba fiscal" e que as medidas, enviadas ao Congresso, poderão ser alteradas, como a correção da tabela do IRPF(Adriano Machado/Reuters)
A oito dias da votação do impeachment pelo Senado Federal, a presidente Dilma Rousseff já contratou um aumento de 8 bilhões de reais de despesas que vão afetar as contas do provável governo do vice-presidente Michel Temer. E a 'bomba fiscal' que cairá no colo da nova equipe econômica, sob o comando de Henrique Meirelles, pode chegar a pelo menos 10 bilhões de reais com a publicação, nos próximos dias, de uma Medida Provisória (MP) que dá reajuste salarial diferenciado a auditores da Receita Federal, com direito a bônus de produtividade.
A edição da MP sofre resistência do Ministério do Planejamento, mas a orientação do Palácio do Planalto é seguir adiante com a medida, que custará 400 milhões de reais este ano e mais 1,5 bilhão de reais no próximo. O governo também ampliou em mais 1 bilhão de reais as despesas previstas com subsídios no Plano Safra, que será anunciado hoje, além de mais 1 bilhão de reais para o Minha Casa Minha Vida.
A presidente já havia anunciado reajuste de 9% no Bolsa Família, com custo de 1 bilhão de reais, e de 5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, com impacto de 5 bilhões de reais.
De acordo com o Ministério da Fazenda, todas as discussões que estão sendo tratadas com a Receita referem-se ao encaminhamento de Projeto de Lei, e não de Medida Provisória. A Fazenda afirma ainda que não vai deixar uma "bomba fiscal" e que as medidas, enviadas ao Congresso, poderão ser alteradas, como a correção da tabela do IRPF.
Segundo a Fazenda, o governo está conduzindo o processo de reajuste da tabela para que o efeito seja neutro com o aumento da carga tributária.

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