domingo, 1 de maio de 2016

GOVERNO TEMER VAI SE INSPIRAR EM LULA E FHC

Ao Correio, Moreira Franco diz que "impeachment não vai apagar o problema"

Wellington Moreira Franco é um dos integrantes do chamado "núcleo duro" do governo que está sendo montado pelo vice-presidente Michel Temer para assumir o poder tão logo a presidente Dilma Rousseff seja afastada

 
    

 postado em 01/05/2016 08:00 / atualizado em 01/05/2016 08:10
 Luiz Carlos Azedo
Rafael Ohana/CB/D.A Press


Presidente da Fundação Ulysses Guimarães, o ex-governador Wellington Moreira Franco é um dos integrantes do chamado “núcleo duro” do governo que está sendo montado pelo vice-presidente Michel Temer para assumir o poder tão logo a presidente Dilma Rousseff seja afastada do cargo pelo Senado, por um período de até 180 dias, até que o impeachment seja julgado. Nessa entrevista ao Correio, Moreira evita falar em nomes para compor o novo ministério, mas deixa claro que a maior estrela da equipe será o futuro ministro da Fazenda, cargo para o qual o mais cotado é o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. “Existem vários nomes, que a imprensa fala, mas o nome do Meirelles tem todas as condições técnicas, políticas e pessoais para ser um grande ministro da Fazenda.” 

Para ele, a principal tarefa do governo Temer será enfrentar a crise econômica, daí a importância da escolha da equipe da área: “O desemprego aumenta, o salário diminui, as pessoas estão vivendo muita dificuldade. Eu não tenho a menor dúvida de dizer que a principal carga, a grande responsabilidade do próximo governo é a mesma do atual, é o ministro da Fazenda, que a ele caberá definir o rumo, o caminho que será seguido.” Moreira é responsável pela elaboração do documento “Uma Ponte para o Futuro”, um esboço de programa de governo, que é muito criticado por setores sindicais e políticos de esquerda, inclusive de oposição. Ele classifica essas críticas como “baboseiras”. 

Ministro da Aviação Civil do governo Dilma no primeiro mandato, foi descartado pela presidente da República na montagem do segundo governo. Desde então, movimentou-se intensamente para que o PMDB aderisse ao impeachment, juntamente com o também ex-ministro Eliseu Padilha, que o substituiu no mesmo cargo. Os dois passaram a contar com a adesão do senador Romero Jucá (RR), que foi líder do governo Lula e assumiu interinamente a presidência do PMDB. Os três compõem o estado-maior do vice Michel Temer, juntamente com o ex-deputado Gederal Vieira Lima. Moreira é cotado para ocupar uma secretaria especial que será encarregada de viabilizar o programa de concessões e parcerias público-privadas para atrair investimentos e reaquecer a economia.

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