quinta-feira, 5 de maio de 2016

JUNOT PEDE NOVO INQUÉRITO CONTRA AÉCIO E EDUARDO PAES


O senador Aécio Neves (PSDB-MG), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ), e o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP)
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ), e o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP)(VEJA.com/VEJA)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um segundo pedido de abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que inclui também o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), e o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB). Janot quer investigá-los com base no termo 18 da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), em que o ex-líder do governo no Senado denuncia uma manobra para maquiar dados do Banco Rural apresentados à CPI dos Correios, em 2005.
Segundo Delcídio, que presidiu a CPI, o senador tucano, então governador de Minas Gerais, ficou "incomodado" com a quebra dos sigilos fiscal e bancário do Rural, envolvido no mensalão, e enviou emissários para convencer o ex-petista a aumentar o prazo para a entrega dos dados pelo banco. O responsável por negociar o adiamento teria sido Eduardo Paes, então deputado federal pelo PSDB e secretário-geral do partido, que acabou persuadindo Delcídio, de acordo com o relato do senador, ao argumentar que "não haveria tempo hábil para preparar essas respostas".
Delcídio afirma ter ouvido depois, de Paes e do próprio Aécio, que o tempo adicional foi usado pelo banco para maquiar os dados, excluindo os que comprometessem o então governador, seu vice, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa mineira e o operador do mensalão Marcos Valério. O senador disse ter compreendido "a existência da maquiagem pelo fato de que a gênese do mensalão teria ocorrido em Minas Gerais", mas "não tomou nenhuma providência ao saber que os dados estavam maquiados". Carlos Sampaio teria sido, além de Paes, outro deputado tucano a saber do suposto artifício.

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