domingo, 7 de maio de 2017

DEPOIMENTO DE LULA AO JUIZ SÉRGIO MORO TEM PESO POLÍTICO

Arte/CB/DA Press
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de mostrar, na quarta-feira, em Curitiba, se ainda tem lenha suficiente para queimar na tentativa de voltar ao Palácio do Planalto em 2019. Pela primeira vez desde que se tornou alvo das investigações da força-tarefa da Lava-Jato, Lula estará diante daquele que elegeu para ser o principal inimigo: o juiz Sérgio Moro. A militância petista se prepara há duas semanas para acompanhar o político. “Do ponto de vista jurídico, esse depoimento deve mudar pouca coisa. O peso desse encontro é, acima de tudo, político”, definiu o professor de ciência política Sérgio Praça, da Fundação Getulio Vargas.

Por isso, a ênfase de Lula em tentar transformar o evento em um espetáculo. Os advogados de defesa entraram com um pedido para que o depoimento seja transmitido ao vivo. Pediram também que haja uma câmera voltada para o juiz Moro, em vez do formato tradicional no qual só se ouve a voz do magistrado e a imagem que aparece na tela é do depoente e de parte dos advogados. “Nos moldes em que atualmente é captada a imagem, focando a câmera exclusivamente nos acusados, não há registro fidedigno de todo o ato processual, na sua inteireza e, assim, viola-se a garantia constitucional da presunção de inocência”, alegam os advogados.

“A intenção, com a filmagem dessa forma, é registrar o ato de maneira mais fidedigna do que a anteriormente adotada, quando o depoimento era redigido, bem como para permitir que se observe as expressões faciais e corporais daquele que traz a sua versão dos fatos ao juízo”, rebateram os procuradores. Até o fechamento desta edição, não havia resposta quanto ao pedido

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