quarta-feira, 3 de outubro de 2018

P.T. MANTÉM APOIO À DITADURA NA VENEZUELA.

Beto Nociti/Futura Press
 - A Venezuela extrapolou o âmbito da política externa, ao qual o eleitor brasileiro dá quase nenhuma importância, para se tornar um dos temas centrais na campanha eleitoral.
Jair Bolsonaro (PSL), por exemplo, afirma que a volta do PT ao Planalto representaria uma "venezuelização" do Brasil. Geraldo Alckmin (PSDB) diz o mesmo em relação a petistas e ao próprio Bolsonaro.
O recado é claro: se o adversário ganhar, o país caminhará para um cenário caótico semelhante ao do país vizinho, com hiperinflação, desemprego, escassez de alimentos e medicamentos, insegurança e crise institucional.
E o que dizem os petistas sobre a questão? Fernando Haddad, candidato à Presidência do partido, declarou recentemente que a Venezuela já não é uma democracia.
"Quando você está em conflito aberto, como está lá, não pode caracterizar como uma democracia. A sociedade não está conseguindo, por meios institucionais, chegar a um denominador comum", afirmou, em 13 de agosto.
A opinião, entretanto, está longe de ser consensual em seu partido.
Nos últimos meses, a despeito da progressiva degradação das instituições democráticas e da economia na Venezuela, parcela significativa do PT tem reiterado seu apoio ao regime de Nicolás Maduro.
A presidente da sigla, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), é hoje o principal nome a respaldar essa posição publicamente.
Em 5 de agosto do ano passado, a Folha de S.Paulo passou a designar o regime de Maduro na Venezuela como ditadura.
O jornal afirmou na ocasião: "A rápida deterioração da democracia na Venezuela, com a supressão dos poderes do Legislativo, o aparelhamento do Judiciário, a prisão de opositores, o cerceamento à imprensa e a repressão a protestos que já contabiliza mais de cem mortos se consolida agora com uma Assembleia Constituinte cuja eleição teve as regras subvertidas para favorecer o chavismo"

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