- O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) cancelou os encontros com os presidentes do Senado e da Câmara que faria na próxima terça-feira (13).
Em agenda enviada na sexta-feira (9), estavam previstas reuniões com Eunício Oliveira (MDB-CE) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). No entanto, no sábado (10), a agenda foi reformulada e Bolsonaro irá direto para o gabinete de transição, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).
Depois, seguirá para encontros com a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber, o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Britto Pereira, e do STM (Superior Tribunal Militar), ministro José Coelho Ferreira.
Bolsonaro foi ao Congresso pela primeira vez como presidente eleito na última terça-feira (6), quando participou da sessão solene que comemorou os 30 anos da Constituição de 1988.
A lista do cerimonial do Congresso tinha cerca de mil convidados, mas quando o presidente eleito chegou à Câmara, eram poucos os que estavam ali para recebê-lo.
No mesmo dia, repercutiu mal entre os parlamentares a declaração do economista Paulo Guedes, futuro ministro da área econômica. Ele defendeu uma prensa no Congresso para que o atual texto da reforma da Previdência seja aprovado até o fim do ano.
"O presidente tem os votos populares e o Congresso a capacidade de aprovar ou não. Prensa neles. Se perguntar para o futuro ministro, ele está dizendo 'prensa neles', pede a reforma, é bom para todo mundo", disse Guedes.
No fim da semana em que se discutiu possível apoio do futuro presidente a mudanças no sistema de aposentadorias ainda neste ano, Bolsonaro adotou um discurso contraditório a respeito do tema.
Além disso, contrariando o presidente eleito, o Senado aprovou na quarta-feira (8) reajuste salarial para ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o que pode causar impacto de R$ 4 bilhões anualmente.
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