Recife (PE) — As praias de Pernambuco chegam a este domingo (3) limpas, sem praticamente nenhum vestígio de óleo segundo as equipes de monitoramento. Mas o avanço da mancha escura sobre as águas, que se intensificou a partir de 17 de outubro, atingiu 47 praias do estado e culminou com mais de 1,5 mil toneladas de petróleo recolhido. Tornou-se o “maior acidente ambiental de vazamento de óleo que o Brasil já teve notícia” pela demora do governo federal em colocar a questão como prioridade. Essa é a avaliação do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em entrevista exclusiva ao HuffPost na noite de sexta-feira (1º), no Palácio Campo das Princesas, Recife.
“Uma das grandes falhas [do governo federal] foi subdimensionar isso”, atesta o governante do PSB. “60 dias sem a origem do óleo ser investigada e, sem se colocar na plenitude um Plano Nacional de Contingência que já existe desde 2013... Só depois que [o óleo] chegou em Pernambuco, que houve uma mobilização por parte do Ministério Público Federal, é que estamos vendo alguma coisa desse plano sair do papel efetivamente”, defende.
Crítico à forma como o presidente Jair Bolsonaro conduziu a crise que agora já atinge os nove estados do Nordeste e, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), pode chegar a Santos e ao Rio de Janeiro, Paulo Câmara cobrou transparência do governo federal.
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