domingo, 25 de maio de 2014

ARTILCULAÇÃO DE LULA EVITA DISSIDÊNCIAS À CANDIDATURA DILMA

Há uma ação muito forte do Lula e do Rui (Falcão) nesses partidos. O Lula tem credibilidade quando fala com os aliados e, nos últimos 15 dias, ele conversou com meio mundo", afirma o vice-presidente do PT, José Guimarães (CE). No PROS, que até a semana passada se dividia em uma ala pró-Eduardo Campos (PSB) e outra ligada a Dilma, a situação se acalmou. "Hoje temos 98% da bancada a favor da candidatura de Dilma", diz o líder do partido na Câmara, Givaldo Carimbão (AL).
A estratégia do Planalto em abrir espaço no governo para legendas que já estiveram no campo dos adversários também surtiu efeito. No caso do PTB, os acertos, segundo o presidente da sigla, Benito Gama, ocorreram diretamente com Dilma e com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com aval de Lula. Duas semanas antes de aderir à campanha da petista, o PTB emplacou o tesoureiro da legenda em uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal. Segundo Benito, o que pesou na decisão, no entanto, foi a falta de expectativa em relação aos adversários da presidente. "Não tínhamos alternativa. As candidaturas de Aécio e Eduardo são um voo no escuro", diz.
Dissidências. O fato de terem diminuído as dissidências não significa que elas não mais existam. O maior problema para Dilma ainda é o PR. Uma das poucas vozes no partido a defender a aliança com o PT é a do presidente nacional da legenda, o senador e ex-ministro Alfredo Nascimento (AM). Entretanto, ele passou a ser alvo criticado pela maioria dos integrantes do partido, em especial da bancada na Câmara. Parte dos deputados defende um rompimento com o governo e adesão a Aécio. Outro setor, minoritário, quer apoiar Campos.
"Há uma insatisfação muito grande com o governo. O próprio Alfredo, que há um tempo disse que está tudo resolvido com o governo, recuou. Está tudo dividido", afirmou o líder do PR na Câmara, Bernardo Santana (MG).
O PP também convive com uma ala que defende o embarque na candidatura de Aécio ou a neutralidade, como em 2010. A maioria dos Estados deve fechar com o PT, mas uma solução para o impasse deverá ser deixar as lideranças estaduais livres para montarem palanques de acordo com seus interesses, inclusive para os adversários de Dilma. Um exemplo será a campanha da senadora Ana Amélia ao governo do Rio Grande do Sul, que pedirá votos para Aécio.
No PMDB, há especial tensão no Ceará, onde o senador Eunício Oliveira deve enfrentar nome dos irmãos Gomes (PROS), no Rio de Janeiro e na Bahia. Apesar disso, essa ala representaria 30% dos votos internos, segundo os líderes dos descontentes.

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