sábado, 13 de julho de 2019

FHC É CONTRA EXPULSÃO DE FILIADOS DO PSDB.

**ARQUIVO** SÃO PAULO, SP, 18.04.2018: O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante entrevista em seu escritório, na sede do iFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso), 
- Um dia depois de o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, condicionar sua permanência no PSDB à expulsão do deputado federal Aécio Neves (MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta (11) que "jogar filiados às feras" é oportunismo.
Em mensagem nas redes sociais, sem citar Aécio nominalmente, FHC afirmou que "o PSDB tem um estatuto e uma comissão de ética" e "há que respeitá-los".
"Jogar filiados às feras, principalmente quem dele foi presidente, sem esperar decisão da Justiça, é oportunismo sem grandeza. Não redime erros cometidos nem devolve confiança", afirmou.
Na quarta (10), Covas ameaçou deixar a legenda caso o mineiro não seja expulso. "Ou eu ou ele", afirmou.
Em maio, em sua convenção nacional, o PSDB aprovou um novo código de ética e disciplina para os filiados. De acordo com o texto, um integrante só pode ser expulso depois de encerrado todo o rito no conselho de ética.
No último dia 4, o diretório municipal do PSDB de São Paulo elaborou uma moção pedindo a expulsão do deputado do partido.
A fala de Covas criou incômodo entre tucanos mais próximos a Aécio, que afirmam que a ala paulista da legenda quer instalar o que chamam de "tribunal de exceção". O mineiro já foi presidente do PSDB.
"Espero que o bom senso prevaleça e que todo e qualquer membro do partido que porventura venha a ser objeto de questionamento ético tenha respeitado seu direito de defesa no conselho de ética do partido", disse o deputado Paulo Abi-Ackel, que preside o diretório estadual do PSDB em Minas Gerais.
Aécio é réu sob acusação de corrupção passiva e obstrução à Justiça, em processo que tramita na Justiça Federal de São Paulo que o acusa de suposto recebimento de R$ 2 milhões da JBS.
O caso estava no Supremo Tribunal Federal, que havia aceitado denúncia elaborada pela Procuradoria-Geral da República, e foi enviado a São Paulo após o fim do mandato de Aécio como senador. No último dia 5, o juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, reiterou o recebimento da denúncia.
O deputado também é investigado em casos relativos às delações da Odebrecht, do ex-senador Delcidio do Amaral e da própria JBS. Ele nega ter cometido crimes.

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