terça-feira, 9 de julho de 2019

SÉRGIO MORO OPINOU SOBRE A POLÍTICA DA VENEZUELA.

EVARISTO SA/AFP/Getty Images
EVARISTO SA/AFP/Getty Images
O ‘The Intercept Brasil’ deu continuidade neste domingo (7) à publicação de mensagens vazadas e atribuídas a Sergio Moro, atualmente ministro da Justiça. Nos novos diálogos, o site aponta articulação de procuradores da Lava Jato para vazar informações sigilosas da Odebrecht para a oposição venezuelana a pedido do então juiz Moro.
As conversas privadas, que são oriundas do aplicativo Telegram, aconteceram em agosto de 2017 e indicam, aponta o ‘Intercept’, a veia política da operação mais uma vez.
“Talvez seja o caso de tornar pública a delação dá Odebrecht sobre propinas na Venezuela. Isso está aqui ou na PGR?”, sugeriu Moro em diálogo com Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, em 5 de agosto de 2017.
Deltan respondeu rapidamente: “Não dá para tornar público simplesmente porque violaria acordo, mas dá pra enviar informação espontânea [à Venezuela] e isso torna provável que em algum lugar no caminho alguém possa tornar público”.
À época da troca de mensagens, o Brasil ainda mantinha relações normais com a Venezuela. Por conta disso, a divulgação não autorizada de informações sigilosas por parte dos procuradores, em tese, poderia caracterizar crime que pune com até dois anos de prisão o agente público que “revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação”

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