domingo, 14 de julho de 2019

EXIGÊNCIA DE VERBAS ATRASA REFORMA.

BRASÍLIA, DF, 10.07.2019 - VOTAÇÃO-REFORMA-PREVIDÊNCIA - :O líder do PSL, delegado Waldir (PSL-GO). Deputados favoráveis comemoram a aprovação da reforma da Previdência durante votação no plenário da Câmara dos Deputados, sob o comando do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
 - No dia seguinte à aprovação por larga margem do texto-base da reforma da Previdência, o plenário da Câmara ainda estava vazio ao meio-dia desta quinta-feira (11). 
Dois fatores atrasam a retomada da votação da medida, o que estava previsto para ocorrer pela manhã: a negociação entre líderes partidários e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre possíveis alterações na medida e a exigência do centrão de ter garantias de que o Palácio do Planalto irá executar de fato as emendas parlamentares prometidas.
O texto-base da reforma foi aprovado por 379 votos contra 131. Agora, resta a votação dos chamados "destaques", que são propostas de alterações de pontos específicos da proposta. Há grande pressão para atenuar as regras em relação às pensões, mulheres, professores e policiais.
A reunião entre Maia e líderes partidários, que teve início ainda na noite de quarta, acontecia fora da Câmara.
Não há consenso sobre destaques relativos a esses pontos, que podem reduzir ainda mais a previsão inicial de economia.
Siglas do centro querem, após o resultado de ontem, enviar um sinal a setores que consideram mais fragilizados pela proposta. A bancada evangélica, por exemplo, decidiu votar a favor da proposta do oposicionista PC do B, que pretende derrubar o ponto da reforma que reduz as pensões, em alguns casos, a valores menores que o salário mínimo.
Prioridade legislativa do governo Jair Bolsonaro, a reforma tinha previsão inicial de economia de R$ 1,2 trilhão em dez anos. Acabou sendo amenizada em mais de R$ 200 bilhões pelos deputados e, devido à precariedade da articulação política do Planalto, teve sua condução assumida por Maia, o principal responsável pelo resultado desta quarta.
Apesar de o presidente da Câmara manifestar a intenção de encerrar nesta quinta a votação dos destaques e votar nesta sexta (12) o segundo turno da proposta, há deputados que afirmam ver risco de tudo isso ficar para agosto devido à desconfiança de siglas do centrão de que o governo tem recurso para cumprir o que prometeu

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