sábado, 6 de julho de 2019

INTERCEPT BRASIL AUMENTA A PRESSÃO SOBRE SÉRGIO MORO

O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro gesticula durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em Brasília, 19 de junho de 2019
A publicação de novas conversas entre o ex-juiz Sergio Moro, que se forem autênticas questionariam sua imparcialidade na operação 'Lava Jato', aumentaram nesta sexta-feira (5) a pressão sobre o ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro.
Os vazamentos foram divulgados pela revista Veja, em colaboração com o portal The Intercept Brasil, que no mês passado começou a publicar mensagens entre Moro e os procuradores da 'Lava Jato', obtidos, segundo informou, de uma fonte anônima.
"Do conjunto, o que se depreende, além de uma intimidade excessiva entre a magistratura e a acusação, é uma evidente parceria na defesa de uma causa", diz a matéria da Veja, que lembra ter sido uma fervorosa defensora da 'Lava Jato', operação que enviou dezenas de políticos e empresários à prisão, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moro questionou em um comunicado a autenticidade das mensagens e alegou que as sentenças emitidas em alguns casos não concordam com os pedidos da Procuradoria, o que demonstraria que não houve nenhum conluio de poderes.
Os procuradores de Curitiba, onde Moro foi juiz, defenderam sua atuação ao longo das investigações, explicando que "é comum que os juízes cobre agilidade" no tratamento de casos de pessoas presas e ressaltando que duas pessoas denunciadas pelo Ministério Público foram finalmente absolvidas por Moro.
Em um dos casos citados pela Veja, em 2 de fevereiro de 2016, Moro avisa ao chefe dos procuradores, Deltan Dallagnol, que dará um prazo de três dias para que se pronuncie sobre um pedido da construtora Odebrecht para evitar que os investigadores brasileiros recebam dados solicitados à Suíça.

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