sexta-feira, 5 de julho de 2019

DIVISÕES NA DIREITO DO BRASIL PROVOCA TENSÕES.

A pulverização de grupos de direita acirrou as tensões entre bolsonaristas e ex-aliados de Jair Bolsonaro que apoiam parte das bandeiras do presidente. Essa é a avaliação de integrantes dos movimentos da nova direita. No último domingo (30), membros do MBL (Movimento Brasil Livre) e do Direita SP protagonizaram uma briga em manifestação na Avenida Paulista. Em maio, também foram registradas divergências entre grupos.
Ao lado de movimentos como o Vem pra Rua, o MBL foi um grupos da nova direita que tomaram as ruas desde 2015 em defesa do impeachment de Dilma Rousseff e que abraçaram o antipetismo. Apesar de compartilhar de bandeiras do presidente e ter feito campanha para o ex-deputado na disputa presidencial, o movimento tem se distanciado do governo e de outros grupos conservadores.
Nos protestos de 26 de maio, que incluíam desde a defesa da Operação Lava Jato e da reforma da Previdência até o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, o MBL anunciou que não iria participar. Uma das lideranças do grupo, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) afirmou que não iria aderir a “protestos adesistas, governistas” que dessem a impressão de que “o presidente possa fazer o que ele bem entender”.
As pautas extremistas — de ataque frontal ao Legislativo e ao Judiciário — afastaram parte da direita. O próprio PSL, partido de Bolsonaro, baixou o tom com o objetivo de não esvaziar as ruas. A legenda se dividiu sobre participar ou não dos atos. A princípio, o presidente compartilhou um vídeo incentivando as manifestações e depois disse que não estaria presente.

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