terça-feira, 16 de julho de 2019

MOURÃO DEFENDE PRAGMATISMO NAS RELAÇÕES EXTERIORES.

O vice-presidente Hamilton Mourão durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, 15 de julho de 2019
O vice-presidente Hamilton Mourão destacou nesta segunda-feira (15) a necessidade de "flexibilidade e pragmatismo" em questões como a crise da Venezuela, as relações com a Argentina em caso de vitória do peronismo ou as relações comerciais com a China, mostrando-se, uma vez mais, como uma voz moderada dentro do governo de Jair Bolsonaro.
No campo interno, o general Mourão insistiu na necessidade de continuar avançando nas reformas econômicas liberais, relegando a segundo plano pelo momento a agenda "dos costumes", impulsionada pelos setores mais conservadores do "bolsonarismo".
"Estamos vivendo um momento de instabilidade, de concorrência entre países (...) Um retorno a certo protecionismo" e o Brasil deve adotar "uma posição na qual tem que que ser flexível e pragmático", disse Mourão num encontro com jornalistas estrangeiros no Rio de Janeiro.
Essa atitude se aplica a vários temas:
Venezuela: sem solução a curto prazo
O governo brasileiro reconheceu – assim como os Estados Unidos e outros 50 países - o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, mas Mourão pensa que "essa crise não tem um desfecho a curto prazo".
"Existem atores externos como Rússia e China [aliados de Maduro] (…) e uma grande presença de cubanos que controlam as milícias bolivarianas e o serviço de Inteligência", ponderou.
O melhor que outros países podem fazer, acrescentou, é "ajudar na busca de uma solução correta que leve a novas eleições".
China: nenhum veto à Huawei
Mourão informou que o Brasil, que em 2020 deve licitar sua rede 5G, não apresentou nenhuma restrição à atividade da empresa chinesa Huawei, no centro de recentes controvérsias entre Pequim e Estados Unidos.
"Não há veto à Huawei no Brasil. A Huawei está aqui há dez anos", disse o vice-presidente. "Não podemos em nenhum momento depreciar a relação om a China, que é nosso maior sócio comercial", acrescentou

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