terça-feira, 16 de julho de 2019

COORDENADOR DA LAVA JATO NA PGR PEDE DEMSSÃO.

O coordenador da força-tarefa da Lava-Jato na PGR, José Alfredo de Paula. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República), José Alfredo de Paula, pediu exoneração e deixou do cargo. A decisão, tomada na última sexta-feira (12), acontece a 2 meses do fim da gestão da atual procuradora-geral, Raquel Dodge.
As razões alegadas por Alfredo de Paula para deixar o cargo foram “motivos pessoais”, mesmo tendo ele alegado anteriormente que permaneceria até setembro.
A saída contribui para ampliar o desgaste interno que Dodge sofre na PGR. Interlocutores do procurador ouvidos pelo O Globo afirmam que ele estava insatisfeito com o ritmo das investigações, o qual considerava lento.
Alfredo de Paula também avaliava que o excesso de centralização do gabinete de Dodge emperrava as apurações. Outro fator elencado para a saída foi a tentativa da procuradora-geral em se articular por uma recondução ao cargo por fora da lista tríplice.

ENTENDA A ESCOLHA PARA A PGR

O mandato da atual chefe do Ministério Público da União, Raquel Dodge, acaba em meados de setembro. No dia 5 de julho, o presidente Jair Bolsonaro recebeu a lista tríplice, organizada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).
Os nomes apontados foram os subprocuradores-gerais Mario Bonsaglia e Luiza Frischeisen e o procurador-regional da República Blal Dalloul, que não estiveram no encontro. Também estão no páreo, por fora da lista, nomes como o subprocurador-geral da República Augusto Aras, e a própria procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
A relação, que é desde 2003 respeitada por todos os presidentes, foi entregue pelo presidente da entidade federal, Fábio Nóbrega.​
Por lei, o presidente não é obrigado a indicar alguém dentre os três mais votados pelos procuradores, mas essa tem sido a conduta padrão desde 2003. Bolsonaro tem dado sinais contraditórios sobre a sua decisão.Ele já indicou que não tem pretensão de seguir a lista, vista pelos procuradores como uma forma de manutenção da independência do cargo. Mas decidiu esperar a votação para divulgar o novo nome.
Em 2017, Michel Temer escolheu a atual procuradora-geral Raquel Dodge, segunda mais votada, para o cargo. Foi uma exceção: de 2003 a 2015, os escolhidos foram os primeiros colocados.

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