segunda-feira, 8 de julho de 2019

SÉRGIO MORO NEGA AUTENTICIDADE DOS VAZAMENTOS DA LAVA JATO.


 O ministro da Justiça, Sergio Moro, reagiu com ironia à revelação de sua sugestão para que a força-tarefa da Operação Lava Jato expusesse informações da delação da Odebrecht que estavam sob sigilo por ordem do Supremo Tribunal Federal em 2017, quando ele era juiz no Paraná.
Como o jornal Folha de S.Paulo e o site The Intercept Brasil revelaram neste domingo (7), a força-tarefa se articulou com a Procuradoria-Geral da República para expor as informações após receber a sugestão de Moro em agosto de 2017, em meio ao recrudescimento da situação política na Venezuela.
"Novos crimes cometidos pela Operação Lava Jato segundo a Folha de São Paulo e seu novo parceiro, supostas discussões para tornar públicos crimes de suborno da Odebrecht na Venezuela, país no qual juízes e procuradores são perseguidos e não podem agir com autonomia. É sério isso?", escreveu Moro numa rede social neste domingo.
De acordo com mensagens privadas trocadas pelos procuradores da Lava Jato, Moro fez sua sugestão no dia 5 de agosto de 2017. "Talvez seja o caso de tornar pública a delação dá Odebrecht sobre propinas na Venezuela", disse o juiz ao procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Enviadas por uma fonte anônima ao Intercept e analisadas pela Folha de S.Paulo e pelo site, as mensagens mostram que os procuradores dedicaram meses de trabalho ao projeto e contavam com o apoio de Moro para uma ação cujo objetivo principal era expor as informações da Odebrecht, mesmo que não houvesse consequências jurídicas.

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