quinta-feira, 14 de março de 2019

ASSASSINO DE MARIELLE ERA VINCULADO À ESQUERDA.

Lessa, policial militar acusado pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, deixou rastros na internet (Reprodução)
Ronnie Lessa, policial militar acusado pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, deixou rastros na internet que podem ser considerados provas fundamentais de que ele teria arquitetado o crime. Entre as buscas do sargento reformado, estão promotores que investigam casos de violência policial, jornalistas que cobrem temas ligados a direitos humanos e diversos políticos de esquerda.
As informações foram rastreadas por agentes da Delegacia de Homicídios (DH) e do Ministério Público. As buscas, realizadas pelo PM desde o final de 2017 até o início deste ano, foram feitas pelo celular e ficaram armazenadas na “nuvem” de Lessa.
Os agentes encontraram pesquisas sobre endereços ligados à Marielle e sua agenda de compromissos. Também foram registradas buscas sobre a metralhadora MP5 – apontada como a arma usada nos assassinatos – além de pesquisas sobre silenciadores. Vale lembrar que testemunhas do crime alegaram que o som dos disparos foi abafado. Após os assassinatos de Marielle e Anderson, as buscas sobre os equipamentos cessaram.
O acusado também pesquisou nomes de políticos de esquerda, como o do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) e de parentes do parlamentar, utilizando, em algumas buscas, termos depreciativos junto aos nomes.
Ele também pesquisou sobre os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, chegando a acessar uma imagem da ex-presidente decapitada. Um promotor do MP do Rio conhecido por sua atuação em casos de violência policial e jornalistas que cobrem a área de Direitos Humanos também apareceram no histórico de pesquisa do PM.
Também foram rastreadas as buscas feitas pelo ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, apontado como o motorista que levou Lessa ao local do crime. Em janeiro, logo após o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) abandonar seu mandato, Queiroz buscou pelo nome do parlamentar que ocupa, hoje, o lugar de Wyllys: David Miranda (PSOL), que também é defensor dos direitos LGBT.
Para o Ministério Público, o assassinato de Marielle foi cometido em razão da atuação política da parlamentar, em defesa dos negros, LGBT e outras causas.
Para os investigadores, os arquivos acessados são provas fundamentais da responsabilidade e da premeditação de Lessa nos homicídios

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