quinta-feira, 28 de março de 2019

MILITARES VÃO COMEMORAR A REVOLUÇÃO DE 31 DE MARÇO.

) - O governo de Jair Bolsonaro (PSL) é militar, com alguns civis, e a liberdade das pessoas está em jogo. Mas o país está percebendo os problemas.
As afirmações foram feitas pelo ex-ministro petista José Dirceu em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), onde esteve na noite desta quarta-feira (27) para o lançamento de sua autobiografia "Zé Dirceu - Memórias, volume 1" (editora Geração).
Num local que um dia já foi dominado pelo grupo do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) -que governou Ribeirão por dois mandatos-, Dirceu disse que o entorno do presidente Bolsonaro é militar e que o Brasil está fazendo concessões aos EUA sem ter nada em troca.
"Esse governo é um governo militar, com civis. É só observar, gabinete do presidente é militar, o Palácio do Planalto é militar, os ministérios da Infraestrutura e Ciência e Tecnologia, o controle sobre a Educação e Relações Exteriores, estão desconstituindo os poucos civis que ficaram na Educação e não eram militares. Relações Exteriores é pior, é da família Bolsonaro", disse.
Para o ex-ministro, é a liberdade dos brasileiros que está em jogo, mas o país percebeu ainda no ano passado que Bolsonaro não é o melhor para o país. Citou discurso inflamado do presidente na avenida Paulista, uma semana antes da eleição, e a não ida do presidente nesta quarta à Universidade Presbiteriana Mackenzie como exemplos.
"É a liberdade que está em jogo. Se vocês perceberem, os jovens e as mulheres já perceberam. Há no país um sentimento claro que começa a se mover, como se fosse um vulcão que vai começar...", disse o petista.
Para Dirceu, o cancelamento da ida de Bolsonaro ao Mackenzie nesta quarta é de um "simbolismo fantástico".
Após protesto de estudantes na universidade, na manhã desta quarta, Bolsonaro cancelou a ida ao local e transferiu a agenda ao Comando Militar do Sudeste, também na capital.
O ato dos estudantes criticava a presença do presidente e a ditadura militar instalada em 1964. Bolsonaro tem incentivado comemorações pelos 55 anos da data, no próximo dia 31 de março, o que também foi criticado pelo petista

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