quinta-feira, 28 de março de 2019

INVESTIDORES DESCONFIAM DA POLITICA BRASILEIRA.

Investidores estrangeiros já previam ruído político no Brasil
-- Muitos investidores estrangeiros estão se sentindo convencidos esta semana por conta da reversão nos ativos brasileiros, já que eles ficaram de fora do rali recente por não estarem tão seguros com as perspectivas para as reformas.
O Ibovespa caiu para o menor nível desde 8 de janeiro na quarta-feira, enquanto o dólar subiu pelo segundo dia consecutivo, atingindo o maior nível em em cinco meses.
Os ativos brasileiros estão sofrendo com o aumento do atrito entre o presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus principais aliados no Congresso que ameaça atrasar ou mesmo inviabilizar a reforma da Previdência, considerada essencial para o controle do déficit fiscal. Embora os investidores estrangeiros há muito alertassem para a continuidade do risco político no Brasil, os investidores locais alimentaram a alta em ações e bonds iniciada em meados de 2018 com base no otimismo de que Bolsonaro conseguiria apoio suficiente para o projeto.
"Isso é o que temíamos", disse Edwin Gutierrez, gestor de recursos da Aberdeen Standard, em Londres, que ajuda a administrar US$ 735 bilhões, e não detém títulos brasileiros em dólar e recentemente reduziu sua exposição em dívida local em 60%. "Nós sempre soubemos que não era uma administração politicamente experiente e isso foi apenas uma ilustração fantástica disso."
O apoio público a Bolsonaro despencou, ele está antagonizando com os principais aliados e seu gabinete é dividido por intrigas e disputas internas.
“As expectativas de mercado de uma reforma rápida precisam ser reduzidas”, disse Juan Prada, estrategista de câmbio do Barclays em Nova York, que escreveu em relatório no início deste ano que os desafios para a agenda de reformas se tornariam mais aparentes. “Nossa visão não mudou: o processo de aprovação da reforma previdenciária trará volatilidade.”

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