O presidente Jair Bolsonaro (PSL) escolheu nomes do MDB, PSD, Podemos e PSDB para ocupar os postos de vice-líderes de seu governo no Senado.
O líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), anunciou nesta terça (12) os nomes de Nelsinho Trad (PSD-MS), Eduardo Gomes (MDB-TO), Elmano Ferrer (PODE-PI) e Izalci Lucas (PSDB-DF).
O MDB tem 13 senadores; o PSD, 9; e o PSDB e o Podemos empatam com 8. Mesmo assim, há divergências nas bancadas, o que significa que Bolsonaro não pode contar automaticamente com os 38 votos desses partidos.
Bezerra Coelho afirmou que o grupo de novos interlocutores devem se reunir com Bolsonaro nesta quarta (13).
Ainda sem uma base aliada desenhada e alvo de críticas constantes por falta de interlocução com o Congresso, Bolsonaro optou no Senado por ter articuladores mais experientes.
O nome de Bezerra, por exemplo, foi costurado no início do ano entre o presidente do MDB, o ex-senador Romero Jucá (RR), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que levou a sugestão ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), seu aliado e padrinho político.
O senador já foi líder do governo durante um período da gestão Michel Temer. Também foi ministro da Integração Nacional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Bezerra Coelho disse, no momento do anúncio, que a ideia é "dialogar com todos aqueles que se dispõem a se aproximar do programa de governo" Bolsonaro, para "construir as bases de uma grande sustentação política"
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