terça-feira, 19 de março de 2019

OPERAÇÃO LAVA JATO-5 ANOS DE COMBATE À CORRUPÇÃO.

Um cartaz com o retrato do juiz brasileiro Sergio Moro e a mensagem "Viva Lava Jato" em um caminhão durante um protesto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da sede da Polícia Federal em Curitiba, Paraná, Brasil
A Lava Jato, a maior operação anticorrupção da história do Brasil, sofreu nos últimos dias reveses que poderão contar suas asas quando parecia ter conquistado sólidas posições de poder, exatamente cinco anos depois de seu início.
O maior obstáculo se apresentou na quinta-feira, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que crimes como lavagem de dinheiro devem ser julgados pela justiça eleitoral se estiverem associados ao financiamento ilegal de campanha, o popula Caixa 2.
"Hoje começou a se fechar a janela de combate à corrupção política que se abriu há cinco anos, no inicio da Lava-Jato”, lamentou Deltan Dallagnol, o principal procurador da operação, cujas denúncias detonaram o sistema político brasileiro.
"Como no Brasil todo político corrupto pede propina a pretexto de uso em campanhas políticas (...) praticamente todas as investigações da Lava Jato sairão da Justiça Federal e irão para Justiça Eleitoral, que historicamente, não condena ou manda ninguém para prisão", alerta seu colega Diogo Castor no silte O Antagonista.
Para o advogado constitucionalista Daniel Vargas, em compensação, "o que está acabando é a janela dos abusos no combate à corrupção, e não o combate a corrupção em si".
Vargas se referia a métodos utilizados pela operação, como as prisões preventivas, as delações premiadas ou a execução de penas de prisão antes do esgotamento de todos os recursos judiciais

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