O policial militar aposentado Ronnie Lessa, preso acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, foi destinatário de um depósito de R$ 100 mil realizado sete meses após o crime.
A movimentação financeira consta em um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e foi citado pelo MP (Ministério Público) do Rio no pedido de bloqueio dos bens de Lessa e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, preso acusado de dirigir o Cobalt prata usado nas execuções.
O depósito foi feito na boca do caixa, no dia 9 de outubro de 2018, sete meses depois do crime, segundo levantou o G1. O pedido do MP visa garantir a possibilidade de indenização por danos morais e materiais às famílias das duas vítima.
No pedido, o Ministério Público aponta a incompatibilidade de bens de Lessa com sua renda de sargento aposentado da PM, citando a lancha – apreendida em Angra dos Reis em nome de uma pessoa que seria “laranja” dele -, os automóveis apreendidos – entre eles uma SUV de luxo importada e blindada, avaliada em R$ 150 mil -, e a casa dele localizada em um condomínio luxuoso na Barra da Tijuca, estimada em R$ 4 milhões.
A solicitação de arresto foi aceita pela 4ª Vara Criminal do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), na mesma decisão em que recebeu a denúncia do MP e decretou a prisão de Ronnie Lessa e Elcio Queiroz.
Os dois detidos serão levados, nesta sexta-feira (15), para darem depoimentos sobre o atentado a Marielle. Após os depoimentos, Lessa e Queiroz devem ser encaminhados para Bangu 1, onde aguardarão transferência para um presídio federal, como determinado pela Justiça.
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