sábado, 10 de maio de 2014

LUCRO DA PETROBRÁS DESPENCA COM DEMISSÕES


 - A Petrobrás amargou queda de 29,9% no lucro no primeiro trimestre, que fechou em R$ 5,393 bilhões, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira. O resultado da companhia foi pressionado, principalmente, pelo impacto negativo de R$ 1,9 bilhão do Plano de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV). Também pesaram fatores como uma leve queda na produção e o prejuízo decorrente da defasagem de preços de combustíveis, represados para evitar impacto sobre a inflação.
O balanço reforçou a grande dificuldade da empresa em controlar o seu endividamento. Nos três primeiros meses do ano a dívida subiu mais de R$ 40 bilhões, ultrapassando pela primeira vez a marca de R$ 300 bilhões. A taxa de alavancagem se manteve em 39% e ficou pelo terceiro trimestre consecutivo acima da meta estabelecida pela empresa, de 35%.
Apesar da queda no lucro, o resultado ficou acima das previsões do mercado, puxado pelo aumento das receitas no período, que ficaram em R$ 81,5 bilhões. O reajuste, em novembro, de 8% no preço do diesel e 4% da gasolina, aliviou as contas da companhia, mas não foi suficiente para evitar um prejuízo de R$ 4,808 bilhões na área de abastecimento.
Com o consumo em expansão e as refinarias no limite da capacidade, a Petrobrás tem de importar mais combustível e sofre sem a compensação nos preços da gasolina e do diesel. "Isso reflete a defasagem dos preços dos combustíveis ao longo do tempo, apesar do reajuste do fim do ano passado. É um desafio", resume Nataniel Cezimbra, analista do BB Investimento.

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