quarta-feira, 18 de junho de 2014

GOVERNO ANUNCIA PACOTE DE BONDADES PARA INDÚSTRIA

 Dilma Rousseff durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto, em Brasília
Dilma Rousseff se reúne nesta quarta com empresários para tentar "reconquistar" confiança (Reuters)
A presidente Dilma Rousseff reúne-se nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, com empresários de diversos setores para anunciar medidas de apoio à indústria e tentar aproximação política com aquele que é o segmento mais crítico à política econômica de seu governo — e que se mostra, cada vez mais, atraído pelos candidatos de oposição Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Na reunião do Fórum Nacional da Indústria, transferida da sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Palácio do Planalto a pedido de Dilma, a presidente deve atender parte das reivindicações feitas pelo setor produtivo no fim de maio. E também sinalizar com medidas futuras, sugerindo um eventual apoio à sua reeleição. É o terceiro encontro com empresários em um mês.
Dilma deve anunciar alterações no chamado Refis, reduzindo o "pedágio" exigido para a adesão ao programa de refinanciamento de dívidas fiscais, além de comunicar a retomada do programa de devolução de parte dos impostos pagos por exportadores (Reintegra).
A presidente também deve anunciar a extensão, até o fim de 2015, do Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), criado em 2009 para conter a crise financeira global, que já desembolsou 283 bilhões de reais até abril deste ano com juros subsidiados pelo Tesouro. Além de criar uma linha de financiamento à renovação do parque fabril.
Parte dessas medidas entraria em vigor somente em 2015, o que selaria um pacto do governo com empresários satisfeitos. Há três semanas, Dilma anunciou a manutenção da desoneração da folha de pagamentos para 56 setores, o que deve custar 21,6 bilhões de reais neste ano.
A equipe do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda trabalhava na tarde de terça-feira, nos últimos detalhes das medidas. "Vão ser anunciadas amanhã. Não posso adiantar nada. Ainda estamos elaborando as medidas", disse o ministro ao chegar ao Ministério da Fazenda, em Brasília

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