terça-feira, 24 de junho de 2014

PLANALTO CORRE PARA NÃO PERDER MAIS ALIADOS

A presidente Dilma Rousseff durante Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff durante Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
O rompimento do PTB, que decidiu apoiar Aécio Neves nas eleições de outubro, e o revés no Rio de Janeiro acenderam um alerta vermelho no Palácio do Planalto: a cúpula petista avalia que a presidente Dilma Rousseff não pode perder o apoio – e os minutos de propaganda no rádio e TV – de mais nenhuma legenda. Para segurar o PR na base aliada, cogita-se até ceder à pressão do partido, que pede a cabeça do atual ministro dos Transportes, César Borges. As informações são de reportagem desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo.
O titular dos Transportes no início do governo Dilma era o atual senador e presidente do PR Alfredo Nascimento, demitido em julho de 2011, após VEJA ter revelado um amplo esquema de corrupção e troca de favores envolvendo o ministério e autarquias. Em um gesto de aproximação com a sigla, à qual Borges é filiado, a presidente reconduziu o PR ao comando dos Transportes em abril do ano passado. A indicação de Borges, contudo, desagradou a bancada do PR na Câmara – foi um nome escolhido pessoalmente por Dilma e não tem boa circulação entre os parlamentares da própria legenda.
Dilma não quer abrir mão de Borges. Segundo o jornal, a orientação no Planalto é negociar com o PR, mas preservar o ministro. Na cúpula do PT, contudo, já há quem defenda a demissão do titular dos Transportes.
Rebeliões - Além da indefinição do PR, irritou a presidente o apoio do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ) ao movimento "Aezão", que começou como uma vingança do PMDB no Rio à campanha da presidente e ganhou corpo, transformando-se em um grande arco de apoio à candidatura de Aécio Neves no Estado. Foi anunciado oficialmente nesta segunda-feira que PSDB, DEM e PPS vão aderir à coligação majoritária para a reeleição do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que põe a serviço dos tucanos a máquina partidária peemedebista presente nos 92 municípios fluminenses.
Segundo o jornal O Globo, o comando de campanha de Dilma foi pego de surpresa pela entrada do vereador Cesar Maria (DEM) na chapa de Pezão – e parte dos petistas já não acredita que Cabral, Pezão e Eduardo Paes farão campanha para a presidente. Diante deste cenário, informa a Folha, o Planalto evita até dar como certo o apoio de outros aliados, como PP e PSD

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