CURITIBA – O diretor da Odebrecht que viajou ao exterior com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu desligamento da empreiteira três dias depois de ser preso pela Polícia Federal na 14ª fase da Operação Lava-Jato. Alexandrino de Salles Ramos de Alencar repassou ao juiz da 13ª Vara Federal na noite de segunda-feira (22/6) uma carta à construtora em que pede para deixar a empresa para se dedicar à sua defesa.
“Em virtude dos fatos envolvendo minha pessoa e vindos a público na última sexta-feira (19.06.2015), comunico meu afastamento e desligamento da empresa, a fim de que eu possa me dedicar integralmente à minha defesa no procedimento em que figuro como investigado”, afirmou o agora ex-diretor de Relações Institucionais da empresa, na carta à diretoria da Odebrecht.
Ontem, Alexandrino saiu da PF à noite, após prestar depoimentos aos delegados da Operação. Ele pediu ao juiz Sérgio Moro que o liberte da prisão. O prazo da detenção de Alexandrino é até quarta-feira (24/6).
Alexandrino esteve em voo com o ex-presidente Lula para Cuba, República Dominicana e Estados Unidos em 2013. A viagem foi paga pela Odebrecht. Documento do voo descreve a viagem como “voo completamente sigiloso”, segundo relatou o jornal O Globo. Alexandrino ainda viajou em comitiva com Lula em 2011 para a Guiné Equatorial, na África.
O ex-diretor de Relações Institucionais é acusado pelo doleiro Alberto Youssef de operar propinas para a construtora na Braskem, sociedade da empreiteira com a Petrobras
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