quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

AMIGO DE LULA AJUDA AO FORNECEDOR DO PT FATURAR 2,4 MILHÕES DA VOTORANTIM

Preso na semana passada, o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acabou enredado naOperação Lava Jato como uma espécie de operador do PT. Ele é suspeito de desviar fradulentamente um empréstimo do Banco Schahin de R$ 12 milhões para honrar compromissos do PT e de atuar ilegalmente pela compensação do calote com a Schahin para que o grupo faturasse um contrato de US$ 1,6 bilhão com a Petrobras. Mas essas não foram as únicas operações em que ele impulsionou lucros altos de amigos e fornecedores do PT.
Amigo de Lula, Bumlai, é preso nesta terça (24), por agentes da Polícia Federal (Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo)
No fim de maio de 2006, Bumlai despontou como bombeiro de um velho amigo do ex-presidente LulaLaerte Demarchi, sócio do restaurante São Judas Tadeu com três irmãos, tinha uma dívida de R$ 3,9 milhões a saldar com o banco Bradesco, de acordo com documentos obtidos por ÉPOCA. Laerte é amigo de Lula desde os comícios do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Uma empresa do filho de Laerte, a Demarchi Soluções em Alimentação, apareceu em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como destinatária de R$ 350 mil em pagamentos atípicos da empresa de palestras de Lula, a Lils. Foi Laerte quem sugeriu o lema "Lulinha paz e amor" na campanha de 2002. Os dois amigos de Lula se conheceram no sítio do pecuarista durante a campanha de 2002.
Em uma operação sem nenhuma vantagem financeira, o pecuarista se dispôs a ajudar os Demarchi. Aceitou receber 11 imóveis da família, avaliados para efeitos fiscais em R$ 3 milhões. Em troca, Bumlai ficou responsável por quitar, em até dois meses, R$ 3,4 milhões da dívida com o Bradesco enquanto a família quitou outros R$ 500 mil. O pecuarista não explicou a ÉPOCA por que aceitou sofrer um prejuízo de R$ 380 mil na operação.

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