sábado, 29 de junho de 2019

CRESCE ESCÂNDALOS DA ODEBRECHT NO PERU.

Ex-diretor da empreiteira brasileira no Peru, Jorge Barata, em 25 de abril de 2019 em Curitiba, Brasil
O escândalo da construtora brasileira Odebrecht no Peru, que atingiu quatro ex-presidentes, ganhou novo vigor com as revelações sobre pagamentos ilegais em contratos não incluídos nas investigações do Ministério Público.
Os novos casos, que incluem pagamentos ilegais na construção de um gasoduto durante o governo de Ollanta Humala, se somam à denúncio de um procurador contra um colega por supostamente ter facilitado a fuga do país do ex-mandatário Alejandro Toledo.
Um portal de jornalismo investigativo que vaza informações sobre o caso Odebrecht publicou planilhas de pagamentos ilegais da brasileira em 11 contratos "que até agora não tinham sido sequer mencionados nos acordos de confissão ou de indenização" entre a empresa e a procuradoria peruana.
São "registros de mais de 45 pagamentos vinculados a nosso país, de mais de 10 milhões de dólares. São pagamentos ilegais a beneficiários finais associados a 11 projetos públicos", segundo o portal IDL-Reporteros, dirigido pelo jornalista Gustavo Gorriti
"As planilhas provinham, obviamento, do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht", onde eram registrados os pagamentos ilegais, como propinas e doações para campanhas eleitorais.
"Não tinha segurança de que todos os pagamentos foram propinas, mas, sim, que todos eles eram ilegais, clandestinos, produtos de lavagem de dinheiro" e quase todos foram feitos "antes da prisão de Marcelo Odebrecht em 2015", disse o portal.
O IDL-Reporteros afirmou que, "em todos os casos, os receptores de dinheiro figuram com 'codinomes' nessas planilhas".
As tabelas registram pagamentos a pessoas com apelidos como Disco (US$ 400 mil), Princesa (US$ 900 mil), Gaza (US$ 430 mil), Magali (US$ 450 mil), French (US$ 500 mil), Novatos (US$ 200 mil), Magneto (US$ 40 mil), Japa (US$ 50 mil), Sorte (US$ 50 mil) e Vermelho (US$ 189.474)

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