sexta-feira, 28 de junho de 2019

SE HOUVER CULPA DE SÉRGIO MORO O GOVERNO O DEMITIRÁ.

**ARQUIVO** BRASÍLIA, DF, 29.11.2018: Vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão. 
 - "Ele [Bolsonaro] aguarda o desenlace das investigações e, óbvio, se houver alguma culpabilidade dele no processo, o presidente não vai ter nenhuma dúvida sobre substituí-lo", disse o general Hamilton Mourão, presidente em exercício enquanto Jair Bolsonaro está no Japão para participar da cúpula do G20.
Mourão comentou a prisão, nesta quinta-feira (27), de três pessoas ligadas ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, na investigação sobre candidaturas de laranjas do PSL na eleição de 2018. O esquema foi revelado pela Folha de S.Paulo.
De acordo com Mourão, a decisão da demissão será de Bolsonaro. "Sou mais um assessor do presidente. Ele que toma a decisão, ele que tem os elementos para isso. Vamos aguardar. Sempre que a gente quer colocar a culpabilidade na frente dos acontecimentos, as coisas não funcionam corretamente. Não vamos linchar a pessoa antes de todos os dados serem esclarecidos."
Mourão falou com a imprensa durante a posse do juiz federal Victor Laus como presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), substituindo Thompson Flores. O ministro da Justiça, Sergio Moro, estava presente, mas não discursou nem atendeu a imprensa.
A posse de Laus é a primeira que contou com a presença de um presidente da República, segundo o TRF-4. Como o tribunal é responsável por julgar os recursos em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Lava Jato, a presença de Mourão ganha conotação política.
O presidente em exercício, porém, é amigo de Thompson Flores, que agora deixa o cargo para substituir Laus na 8ª Turma da corte. Mourão e Thompson Flores costumam se encontrar quando o general está em Porto Alegre, sua cidade natal.
Laus, 56, é natural de Joaçaba (SC) e iniciou sua carreira jurídica como promotor em Santa Catarina, onde também se formou na UFSC, a universidade federal do estado. Ele é filho do advogado Linésio Laus, preso pela ditadura militar em 1964 por ser ligado ao ex-presidente João Goulart (1961-1964).
Ele ingressou no TRF-4 em 2002 e integrou a 8ª Turma, que julga os recursos de Lula na Lava Jato. Em janeiro de 2018, a turma confirmou a condenação de Lula em primeira instância, quando o ex-presidente foi julgado pelo então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

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