segunda-feira, 17 de junho de 2019

ODEBRECHT PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

***FOTO DE ARQUIVO***SÃO PAULO, SP, 15.03.2018: CAIXA-ECONÔMICA - Fachada de agência da Caixa Econômica Federal na rua 7 de Abril, na região central de São Paulo. (Foto: Kevin David/A7 Press/Folhapress) - A Caixa Econômica Federal executou dívidas da Odebrecht como forma de pressionar a empresa a abrir negociação e oferecer garantias mais firmes que protejam o banco estatal caso o grupo entre em recuperação judicial. O movimento, no entanto, foi visto pelos demais bancos credores e pela própria empresa como um manobra suicida, que jogou de vez o grupo na vala da recuperação judicial e deixará todos mais frágeis a partir de agora. Na Justiça, as negociações seguem o rito de uma lei própria e tudo é decidido pelo juiz. As dívidas executadas pela Caixa estavam em atraso há mais de dois meses e se referem a empréstimos tomados para a construção da Arena Corinthians, em São Paulo, e o Centro Administrativo de Brasília, em Taguatinga (DF). Nesta sexta-feira (14), ocorreu a primeira rodada de conversas depois das execuções. Pessoas que participaram das negociações afirmam que os representantes da Odebrecht se mostraram céticos em encontrar uma saída. Por outro lado, os negociadores da Caixa acreditam que há mais espaço para que consigam levar ações da Braskem, a petroquímica do grupo que é o único ativo valioso. Para eles, foi uma forma de mostrar que o banco não está blefando e que, de fato, quer garantias melhores. A Caixa decidiu esticar a corda porque, os demais bancos credores, como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, têm ações da petroquímica que dão proteção para boa parte dos empréstimos concedidos

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