segunda-feira, 17 de junho de 2019

FUNDO DA LAVA JATO PODE TRAZER PREJUÍZO AOS COFRES PÚBLICOS.

*FOTO DE ARQUIVO* CURITIBA, PR - 16.03.2019: COLETIVA LAVA JATO - Procuradores da Operação Lava Jato fizeram nesse sábado (16), durante uma coletiva na sede do Ministério Público Federal, em Curitiba, um ato de desagravo à força-tarefa da Operação Lava Jato. Na foto: o procurador Deltan Dallagnol. (Foto: Henry Milleo/Fotoarena/Folhapress)
 - A operação realizada pela Lava Jato em Curitiba para receber no Brasil R$ 2,5 bilhões da Petrobras, fruto de um acordo entre a estatal e os EUA, levantou suspeitas entre autoridades que analisam o caso em Brasília e temor de prejuízo ao poder público. Depositado em uma "conta de trânsito" na Caixa Econômica Federal em 30 de janeiro, o montante, equivalente a US$ 682,6 milhões, vem sofrendo oscilações com a variação cambial. A única correção é dada pela Selic, a taxa básica de juros da economia que está em 6,5% ao ano. De 30 de janeiro, quando o dinheiro entrou na conta, até sexta (14), houve desvalorização de R$ 22,4 milhões do valor principal. A estimativa computa a diferença entre a alta do dólar no período e a remuneração dada pelo banco. Ou seja, se o acordo fosse desfeito agora, além de devolver o montante inicial, o Brasil teria de arcar com a diferença. A volatilidade preocupou a procuradora-geral, Raquel Dodge. Em duas manifestações recentes ao Supremo Tribunal Federal, ela disse que fez alertas sobre a rentabilidade da conta na Caixa, destacando a "necessidade de preservar, ao menos, a paridade cambial com o montante negociado". A própria Lava Jato aventou, em nota, que a indefinição sobre o fundo "poderá fazer com que a Petrobras tenha a obrigação de pagar os valores integralmente nos EUA"

Nenhum comentário:

Postar um comentário