quinta-feira, 27 de junho de 2019

POLÍCIA FEDERAL PRENDE ASSESSORES DO MINISTRO DO TURISMO.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi o candidato mais votado do PSL em Minas Gerais .
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (27) em Brasília e em Minas Gerais um assessor especial e dois ex-assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em razão de investigação sobre candidaturas de laranjas do PSL na eleição de 2018.
A ação da PF é decorrência da apuração sobre caso revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, em fevereiro. Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram autorizados pela Justiça de Minas Gerais. Foram apreendidos computadores e telefones celulares.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem dito que a situação do ministro do Turismo causa desgaste para o governo e que esperaria a conclusão da apuração da PF para decidir o destino de Álvaro Antônio. O presidente está em viagem ao Japão e ainda não se manifestou sobre as prisões.
O caso das laranjas do PSL, partido de Bolsonaro, é alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público em Minas e em Pernambuco e levou à queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que comandou o partido nacionalmente em 2018.
No início da manhã desta quinta-feira, em Brasília, policiais federais prenderam Mateus Von Rondon Martins. Ele é assessor especial no Ministério do Turismo, um dos mais próximos aliados de Álvaro Antonio. É seu braço-direito na pasta do governo de Jair Bolsonaro.
Também foram presos Roberto Silva Soares, conhecido como Robertinho Soares, e Haissander Souza de Paula. Os dois atuaram na campanha eleitoral que elegeu Álvaro Antonio deputado federal.
Robertinho foi o coordenador da campanha no Vale do Aço, em Minas, e figurou como assessor de seu gabinete na Câmara dos Deputados de 2015 a 2018. Já Haissander também foi assessor do gabinete do hoje ministro do Turismo, de 2017 e 2019.
Na eleição do ano passado, Álvaro Antônio, reeleito sendo o deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de candidaturas de fachada no estado que direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara. 

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