O deputado David Miranda (PSol-RJ) relatou à Polícia Federal que começou a ser ameaçado de morte após a divulgação de conversas atribuídas ao ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro, e ao procurador Deltan Dallagnol. Miranda é casado com o jornalista Glenn Greenwald, fundado do site The Intercept, que tem publicado os diálogos que indicam interferência do ex-juiz na condução da Operação Lava Jato.
Ao HuffPost, o presidente do PSol, Juliano Medeiros, afirmou que as acusações são gravíssimas. Vão desde extorsão, com um pedido de depósito de R$ 100 mil, a perseguição à família e intimidação com promessa de morte.
“Será que vamos ter mais um deputado a deixar o País?”, diz Medeiros. “Espero que apurem este caso com rigor, que tenha mais provas do que aconteceu com Jean Wyllys”, disse.
Miranda assumiu a cadeira na Câmara dos Deputados depois de Jean Wyllys ter desistido do mandato e mudado de país. A principal justificativa para Wyllys deixar o Brasil foi uma sequência de ameaças e intimidações. O deputado dizia que já não podia mais sair de casa sem guarda policial.
Em nota, o PSol ressalta a decisão do ex-deputado de deixar o Brasil por temer pela sua segurança e pede para este caso “uma rigorosa investigação e a identificação dos autores das ameaças”. “Não podemos ver legitimada, mais uma vez, a prática da intimidação no Brasil”, diz trecho da nota.
Ainda no documento, o PSol defende a imediata demissão de Moro do comando do Ministério da Justiça e o afastamento dos procuradores da Lava Jato em Curitiba que estejam envolvidos em quaisquer atos que firam a lei
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