quarta-feira, 26 de junho de 2019

LULA QUERIA TUDO OU NADA NO JULGAMENTO DO STF.

ARCHIVO - En esta fotografía de archivo del 7 de abril de 2018, el expresidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva observa antes de hablar a sus partidarios afuera de la sede de la Unión de Trabajadores del Metal en Sao Bernardo do Campo, Brasil. (AP Foto/Andre Penner, Archivo)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou que seus advogados fossem para o “tudo ou nada” durante a votação da 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de seus dois habeas corpus, na tarde desta terça-feira (25).
Na decisão, os ministros derrubaram um dos pedidos e adiaram a apreciação do outro para o segundo semestre, negando ainda - por 3 votos a 2 - um pedido da defesa para que o petista aguardasse em liberdade.
Lula queria que sua defesa pressionasse para que os ministros votassem o mérito do segundo HC (habeas corpus), que questiona a imparcialidade do ex-juiz e agora ministro da Justiça, Sergio Moro, nos processos que foi condenado no âmbito da operação Lava Jato.
O primeiro HC de Lula questionava o fato de o relator do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Félix Fischer ter tomado sua decisão no STJ sozinho, e foi negado por 4 votos a 1.
Lula ignorou as ponderações feitas por aliados de que adiar o debate do HC que questiona a atuação de Moro poderia ser positivo, uma vez que novas revelações do escândalo das mensagens com procuradores poderiam surgir, conforme a jornalista Mônica Bergamo publicou em sua coluna no jornal Folha de São Paulo.
O cálculo do ex-presidente levava em consideração que, se o STF não o soltasse agora, isso dificilmente ocorreria depois, já que o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) vai apreciar a condenação do ex-presidente no caso do sítio de Atibaia.
Se a segunda instância da Justiça Federal confirmar a condenação de Lula, o petista pode não sair da prisão mesmo que, mais tarde, Moro seja considerado suspeito.
As dificuldades, como a possibilidade de adiamento, foram um banho de água fria. “Bateu o desespero”, disse uma pessoa próxima a Lula, segundo Mônica Bergamo

Nenhum comentário:

Postar um comentário