RESUMO DA NOTÍCIA
- Moro e procuradores do MPF temiam que Teori, relator da Lava Jato no STF, desmembrasse inquéritos e enfraquecesse a operação
- Preocupados com atrito entre Moro e STF, procuradores se articularam para blindar o ex-juiz e a força-tarefa
Novo vazamento divulgado neste domingo (23), revelou que procuradores da operação Lava Jato se articularam para blindar o então juiz Sergio Moro de possíveis tensões com o STF (Supremo Tribunal Federal) que paralisassem as investigações, em 2016.
A série de reportagens do ‘Intercept’ começou no dia 9 de junho, um domingo. Na primeira leva de matérias, o site divulgou uma série de mensagens trocadas entre Moro e Dallagnol.
As mensagens privadas divulgadas neste domingo foram enviadas por uma fonte anônima ao The Intercept Brasil, e publicadas pelo jornal Folha de São Paulo e pelo site do The Intercept Brasil.
No dia 22 de março de 2016, a Polícia Federal tornou públicos documentos apreendidos na casa de um dos executivos da Odebrecht de um processo que corria em Curitiba.
O material, divulgado pelo jornalista Fernando Rodrigues antes que Moro o colocasse em sigilo, continha nomes dezenas de políticos com direito a foro especial, que só podiam ser investigados com autorização do Supremo.
As mensagens indicam que os procuradores e o então juiz temiam que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, desmembrasse os inquéritos que estavam sob controle de Moro em Curitiba, enfraquecendo parte da força-tarefa no momento em que ela avançava contra a Odebrecht.
A troca de mensagens acontece um dia depois de Moro ter sido repreendido por juízes do STF pela divulgação de conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a então presidente Dilma Rousseff.
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