segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

RALDOLFE RODRIGUES NÃO SERÁ INVESTIGADO PELA LAVA JATO

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)(Celso Junior/Estadão Conteúdo/VEJA)
O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento do procedimento criminal em que o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) aparecia como possível destinatário de propina do petrolão. Randolfe foi citado por Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará e apontado como um dos entregadores de dinheiro do doleiro Alberto Youssef a políticos.
Em depoimento às autoridades da Lava Jato, Ceará disse que Youssef havia informado que o congressista foi destinatário de 200.000 reais. Em princípio, o repasse a Randolfe poderia configurar os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas o Ministério Público concluiu que não há indícios mínimos para uma investigação contra o senador. "As declarações de Carlos Alexandre de Souza Rocha são de caráter indireto (por ouvir dizer), não tendo ele presenciado pessoalmente os fatos a que se referem. Não se vislumbram elementos mínimos que possam fundamentar uma instauração de inquérito", disse a vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko.
A contradição entre a versão de Ceará e as declarações do próprio doleiro Alberto Youssef, que prestou novos esclarecimentos aos investigadores, foi crucial para que o caso fosse arquivado. Youssef negou as declarações do ex-auxiliar e afirmou que "nunca entregou dinheiro a Randolfe Rodrigues e nunca falou sobre a entrega de valores a Randolfe Rodrigues para Ceará ou para qualquer outra pessoa".

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