quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

JUDICIÁRIO CRITICA PROJETO ANTI CORRUPÇÃO

Gisele Pimenta/FramePhoto
 
A alteração brusca no pacote de medidas contra a corrupção em votação na Câmara dos Deputados, na calada da madrugada desta quarta-feira, gerou reações imediatas e rígidas de integrantes do Judiciário e do Ministério Público Federal. Contrários às mudanças, procuradores da força-tarefa da Lava-Jato ameaçaram renunciar à operação caso o projeto seja sancionado com a previsão de punição por abuso de autoridade. O projeto inicial com as 10 medidas havia sido proposto pelo MPF, com as assinaturas de 2 milhões de pessoas. As alterações ao projeto foram feitas por meio de 13 emendas, apresentadas no mesmo dia em que o país estava consternado com a tragédia que matou 71 pessoas a bordo da aeronave que transportava a delegação da Chapecoense e caiu perto do aeroporto de Medellín, na Colômbia.

A aprovação do texto-base do pacote anticorrupção ocorreu à 0h10. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão e, em seguida, convocou uma extraordinária para apreciar os destaques ao texto. À 1h20 de quarta-feira, começou a mutilação nas medidas anticorrupção, com a aprovação de uma emenda proposta pelo PDT, por 313 votos contra 132, com cinco abstenções, que prevê a punição por abuso de autoridade a promotores, procuradores e magistrados por uma série de condutas, algumas consideradas subjetivas. Ontem à noite, houve registro de panelaços em algumas cidades do país, como Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, em protesto ao movimento da Câmara

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