O presidente Jair Bolsonaro foi intimado a prestar depoimento no processo sobre a facada que sofreu durante a campanha eleitoral, em setembro do ano passado. A intimação partiu do juiz da 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora (MG), Bruno Savino, responsável pelo inquérito.
Bolsonaro poderá apresentar suas respostas até sexta-feira (7) e, em razão do cargo de Presidente da República, ele poderá ser ouvido pessoalmente ou até mesmo responder por escrito.
O presidente terá que responder a cinco perguntas:
- Qual o momento em que Bolsonaro decidiu viajar para atos de campanha em Juiz de Fora?
- Quando essa viagem foi divulgada?
- Percebeu a aproximação de Adélio antes da facada?
- Encontrou condições de se defender, de se esquivar?
- Como tem sido recuperação?
Esse último questionamento pode levar a dobrar a pena, por considerar lesão corporal grave.
A defesa de Bolsonaro atua no processo como assistente da acusação, ou seja, os advogados auxiliam o Ministério Público na acusação contra Adélio, podendo propor meios de prova e formular perguntas a testemunhas.
De acordo com o procurador do caso, Marcelo Medina, as respostas do presidente podem ajudar no desfecho do processo, além de ser um direito da vítima contar sua versão dos fatos.
Em avaliação psiquiátrica, Adélio Bispo de Oliveira, que confessou o crime, foi considerado inimputável por sofrer de Transtorno Delirante Persistente, não podendo ser punido criminalmente. No entanto, ele poderá ser alvo de medida de segurança, como internação por período a ser determinado pela Justiça.
Adélio foi preso após o atentado, e está detido no presídio federal em Campo Grande (MS).
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