Um dos ex-assessores de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) declarou, em 2016, ter mais da metade de seu patrimônio em dinheiro vivo. O PM reformado Wellington Sérvulo Romano da Silva também apresentou um salto patrimonial superior a 1.000% no período em que trabalhava no gabinete de Flávio, à época deputado estadual no Rio.
O tenente-coronel reformado da PM foi servidor do filho do presidente Jair Bolsonaro entre os anos de abril de 2015 a setembro de 2016. Inicialmente, ele estava lotado no gabinete da vice-liderança do PP, função ocupada à época por Flávio, e depois foi transferido ao gabinete do então deputado.
Wellington Sérvulo está entre as 84 pessoas que tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça do Rio na investigação do MP (Ministério Público) contra Flávio e seu ex-assessor e motorista Fabrício Queiroz. A ação apura supostos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No período em que esteve ligado à Alerj, o ex-assessor de Flávio aumentou seu patrimônio declarado de R$ 9.273,37, no fim de 2015, para R$ 103.291,47, em dezembro de 2016. Desse valor, R$ 55 mil eram dinheiro vivo que ele declarou como bem em 2016.
Em 2014, ele havia declarado um patrimônio de R$ 83.265,92, sendo R$ 50.407 referente a um veículo vendido naquele ano. No ano anterior, o patrimônio do PM era de R$ 89.928. Nestes dois anos, ele declarou ter R$ 15 mil em espécie, valor que não apareceu no Imposto de Renda de 2015.
Documentos obtidos pela Folha revelam que o ex-assessor de Flávio teve rendimento de R$ 285,9 mil em 2016, dos quais R$ 239,4 mil eram o salário da PM, mais os R$ 46,5 mil dos vencimentos da Assembleia.
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