O MPF (Ministério Público Federal) denunciou o ex-senador Romero Jucá (MDB) por envolvimento no esquema de corrupção na Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras. Segundo o órgão, pagamentos ilícitos a Juca, em 2010, somaram, pelo menos, R$ 1 milhão.
Além dele, também foi denunciado o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. A denúncia, informada pelo órgão nesta terça-feira (4), narra a corrupção em quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro.
O MPF aponta que a Galvão Engenharia pagava como propina um percentual de 5% do valor de todos os contratos com a Transpetro a integrantes do MDB que compunham o núcleo de sustentação de Sérgio Machado na presidência. Procuradores afirmaram que entre os responsáveis pela indicação e manutenção de Machado no cargo está Jucá.
Machado arrecadava a propina para seus “padrinhos políticos” e, segundo o MPF, garantia às empreiteiras a continuidade dos contratos e futuros convites para novas licitações como forma de contrapartida.
DOAÇÕES
De acordo com o órgão, o pagamento da propina pela Galvão Engenharia foi disfarçado por meio de doação eleitoral oficial de R$ 1 milhão. Em junho de 2010, a empresa efetuou o repasse desses subornos para Romero Jucá ao Diretório Estadual do PMDB em Roraima.
“As propinas, assim, irrigaram a campanha de reeleição de Romero Jucá ao Senado, bem como as campanhas do filho e de ex-esposa para o Legislativo”, informou o MPF. As investigações comprovaram ainda que a Galvão Engenharia não tinha qualquer interesse em Roraima que justificasse a realização da doação oficial, a não ser o direcionamento de propinas para Romero Jucá.
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