terça-feira, 4 de junho de 2019

OPERAÇÃO LAVA JATO DENUNCIA ROMERO JUCÁ.

FOZ DO IGUAÇU, BRAZIL - APRIL 21: Romero Juca Brazilian Senator looks on during the 16º Forum Empresarial Foz do Iguacu that gathers some of the most important political and business leaders on economic policy, business management and social responsibility at LIDE on April 21, 2017 in Foz do Iguacu, Brazil. (Photo by Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/LatinContent/Getty Images)
Pagamento de R$ 1 milhão em propina disfarçado como doação eleitoral oficial proporcionou eleição de Jucá ao Senado, em 2010, diz o MPF. (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/LatinContent/Getty Images)
O MPF (Ministério Público Federal) denunciou o ex-senador Romero Jucá (MDB) por envolvimento no esquema de corrupção na Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras. Segundo o órgão, pagamentos ilícitos a Juca, em 2010, somaram, pelo menos, R$ 1 milhão.
Além dele, também foi denunciado o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. A denúncia, informada pelo órgão nesta terça-feira (4), narra a corrupção em quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro.
O MPF aponta que a Galvão Engenharia pagava como propina um percentual de 5% do valor de todos os contratos com a Transpetro a integrantes do MDB que compunham o núcleo de sustentação de Sérgio Machado na presidência. Procuradores afirmaram que entre os responsáveis pela indicação e manutenção de Machado no cargo está Jucá.
Machado arrecadava a propina para seus “padrinhos políticos” e, segundo o MPF, garantia às empreiteiras a continuidade dos contratos e futuros convites para novas licitações como forma de contrapartida.

DOAÇÕES

De acordo com o órgão, o pagamento da propina pela Galvão Engenharia foi disfarçado por meio de doação eleitoral oficial de R$ 1 milhão. Em junho de 2010, a empresa efetuou o repasse desses subornos para Romero Jucá ao Diretório Estadual do PMDB em Roraima.
“As propinas, assim, irrigaram a campanha de reeleição de Romero Jucá ao Senado, bem como as campanhas do filho e de ex-esposa para o Legislativo”, informou o MPF. As investigações comprovaram ainda que a Galvão Engenharia não tinha qualquer interesse em Roraima que justificasse a realização da doação oficial, a não ser o direcionamento de propinas para Romero Jucá.

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