sábado, 9 de novembro de 2013

LULA CRITICA A GESTÃO DA CIDADADE DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu duas vezes nesta semana com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para fazer críticas à atuação do petista no gerenciamento das crises que, segundo Lula, podem prejudicar a campanha do partido em 2014.
A Folha mostrou ontem que o PT discute uma estratégia para minimizar desgastes da gestão do prefeito na campanha do ministro Alexandre Padilha (Saúde) ao governo de São Paulo.
O ex-presidente fez observações sobre a postura de Haddad durante a repercussão do aumento do IPTU em regiões da cidade. Ele disse que o reajuste é correto, mas que anunciá-lo em um único ano, e de eleição, poderia prejudicar Padilha e a presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição.
Lula aconselhou a Haddad que se defenda das críticas. O que mais incomodou o ex-presidente foi o fato de o prefeito ficar calado diante das reclamações. Os encontros foram no Instituto Lula, em São Paulo, na segunda e ontem.
DEFESA
Um dia após a Folha mostrar a preocupação no PT, petistas adotaram posição de defesa de Haddad.
Segundo o discurso geral, não haverá intervenção --as medidas impopulares, como a alta no IPTU, são necessárias em um primeiro ano de gestão e não devem tirar votos do partido, dizem.
"Eu desconheço isso [intervenção]", disse o presidente do diretório do PT em São Paulo, Edinho Silva. "É natural tomar medidas que não são populares no início do governo para ajustar a máquina."
Os petistas dizem apostar que o prefeito deve ampliar sua popularidade com o início de 30 obras, ações em saúde e educação e com os efeitos da entrada em vigor do Bilhete Único Mensal, previsto para 30 de novembro.
"Essa questão do IPTU tem pouco efeito eleitoral. Estamos longe das eleições e Haddad vai conseguir explicar que esse aumento é para a parte mais rica", disse o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
Para o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), uma interferência na gestão Haddad deve ser proposta de "um setor insatisfeito do PT". "Esse negócio de intervenção deve ser defendido por um setor do PT que ficou de fora e começou a falar em exageros", disse o petista, sem apontar de onde parte a insatisfação.

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