terça-feira, 5 de junho de 2018

TUCANOS QUEREM UNIÃO DO CENTRO PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

 - Três tucanos de alta plumagem --o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes-- lançam na terça-feira, em conjunto com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), um manifesto pela união do chamado centro político na eleição presidencial deste ano.
O documento, que segundo Pestana será apresentado a pré-candidatos ao Planalto como Geraldo Alckmin (PSDB) --que recentemente elogiou a iniciativa-- e Marina Silva (Rede), aponta o risco de, em caso de fragmentação do chamado centro político, este grupo ficar sem representantes no segundo turno da disputa, deixando a Presidência para os extremos do espectro político.
"Tudo que o Brasil não precisa, para a construção de seu futuro, é de mais intolerância, radicalismo e instabilidade. Para nos libertarmos dos fantasmas do passado, superarmos definitivamente a presente crise e descortinarmos novos horizontes é central a construção de um novo ambiente político que privilegie o diálogo, a serenidade, a experiência, a competência, o respeito à diversidade e o compromisso com o país", afirma o documento.
"É neste sentido que as lideranças políticas que assinam este manifesto conclamam todas as forças democráticas e reformistas a se unirem em torno de um projeto nacional, que a um só tempo, dê conta de inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento social e econômico, a partir dos avanços já alcançados nos últimos anos, e afaste um horizonte nebuloso de confrontação entre populismos radicais, autoritários e anacrônicos."
Além de Alckmin e Marina, Pestana disse que o documento será levado aos pré-candidatos Flávio Rocha (PRB), João Amoedo (Novo), Rodrigo Maia (DEM), Henrique Meireles (MDB), Alvaro Dias (Podemos) e Paulo Rabelo de Castro (PSC).
Pestana disse que já existem tratativas para agendar conversas com esses pré-candidatos e que ainda não é possível saber da receptividade deles a esta proposta.
"Só depois das conversas vai ser possível dimensionar", disse o secretário-geral do PSDB à Reuters.
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que aderiu ao documento ao lado do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), disse à Reuters que ainda é prematura a discussão sobre um nome a reunir todo o campo político.
Pesquisas de intenção de voto indicam a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde o início de abril em Curitiba para cumprir pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. Nos cenários sem Lula, quem lidera é Jair Bolsonaro (PSL), com Marina e Ciro Gomes (PDT) herdando parte dos votos que seriam de Lula.

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