segunda-feira, 24 de novembro de 2014

EMPREITEIRAS SUPERFATURAM OBRAS DA PETROBRÁS


Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj: a maior obra da Petrobras sob suspeita de propina (UTC Engenharia/Divulgação - 17/11/14)
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj: a maior obra da Petrobras sob suspeita de propina

Empreiteiras acusadas por delatores da Operação Lava-Jato de formar cartel por pagarem subornos em troca de contratos bilionários receberam pelo menos R$ 11,8 bilhões da Petrobras para a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a maior obra da estatal no Brasil. Com apenas 10 contratos assinados, o “clube da propina” mordeu, até o momento, 49% de todo o atual custo do complexo, de acordo com análise do Correio em lista de negócios fechados para a construção da unidade. Elas foram escolhidas diretamente pelos gestores da Petrobras ou por dispensa de licitação ou por “convite”, quando a estatal escolhe aleatoriamente três fornecedores para disputar a construção de um empreendimento.

Com 70 aditivos, o grupo de nove gigantes empreiteiras aumentou seus ganhos em R$ 1,1 bilhão. Isso significa acréscimo de 7% sobre o valor da estimativa de custos prevista pelos técnicos da Petrobras, apesar de os contratos inicialmente assinados preverem o contrário: uma redução de 4%. O “clube vip” do Comperj é formado pelas gigantes Odebrecht, OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa Óleo e Gás, UTC, Mendes Júnior, Toyo Setal e Galvão Engenharia. A Andrade Gutierrez, que não foi alvo da sétima fase da Lava-Jato mas foi denunciada pelos delatores, aparece em um consórcio com outras construtoras. Do outro lado, as demais fornecedoras do Comperj tiveram aditivos que encareceram menos as obras: 4%

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