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| No primeiro momento, a saída de Marta Suplicy do primeiro escalão da Esplanada é uma boa notícia para a presidente Dilma Rousseff |
A entrega da carta de demissão da ministra da Cultura, Marta Suplicy, no momento em que a presidente Dilma Rousseff está fora do país para a reunião do G-20, tornou evidente o tamanho da crise no relacionamento de uma ala do PT com a chefe do Executivo. O movimento atropelou um acordo do Palácio com todos os titulares da Esplanada — eles colocariam os cargos à disposição para dar liberdade à petista na reforma ministerial. A agora ex-ministra ainda fez duros ataques à política econômica do governo. Além de Marta, outros parlamentares reclamam do posicionamento “seco” da presidente e da falta de diálogo. As queixas são constantes. Na semana passada, durante reunião com a bancada de senadores do PT em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu um apelo para que interceda e viabilize um melhor entendimento entre a presidente e os aliados.
As críticas ao comportamento da presidente foram arrematadas publicamente esta semana pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Em entrevista à BBC Brasil, o ministro disse que a presidente não manteve as boas relações que o ex-presidente Lula construiu na política e na economia. Carvalho sinalizou que pretende deixar o primeiro escalão do segundo mandato do governo Dilma e deve entregar a pasta com os demais ministros no próximo dia 18, quando a presidente retorna da viagem à Austrália.
A sugestão para que os ministros entreguem os postos foi capitaneada pela Casa Civil, com o argumento de deixar a presidente mais à vontade para fazer o futuro desenho da Esplanada. Em nota endereçada à Folha de S.Paulo, a pasta ressaltou que “o ministro Aloizio Mercadante sugeriu aos demais ministros, desde a semana passada, que, a título de cortesia e de forma opcional, todos coloquem os respectivos cargos à disposição da presidenta Dilma Rousseff”. A Casa Civil, no entanto, nega que tenha feito um pedido para os demais ministros anteciparem a demissão voluntária com o intuito de desidratar a repercussão da saída da Marta. Um ministro ouvido pelo Correio confirmou que os colegas devem pedir para sair assim que a presidente voltar, mas também negou que haja uma movimentação para saírem o quanto antes
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