sexta-feira, 24 de julho de 2015

MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE CONDENAÇÃO DE CERVERÓ E FERNANDO BAIANO

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O Ministério Público Federal pediu a condenação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró (Internacional) e do operador de propinas do PMDB na estatal Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, pelos crimes de corrupção (duas vezes) e lavagem de dinheiro (64 operações). Foi requerida, ainda, a condenação de dois delatores da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o lobista Julio Gerin Camargo. que denunciou ter sido pressionado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, suposto recebedor de US$ 5 milhões em propinas.

Os procuradores sustentam que a ‘vantagem indevida solicitada’ por Cerveró, Baiano e Julio Camargo alcança R$ 140,4 milhões – equivalente a US$ 53 milhões, pela taxa de câmbio de R$ 2,65, nos termos da denúncia. A força-tarefa quer a condenação do grupo ao pagamento de R$ 156,35 milhões correspondente à soma de estimativa de dano material e moral à Petrobras e à administração pública -decorrente do pagamento da propina – e ao sistema econômico, ao sistema financeiro e à Justiça, ‘violados pela lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Cerveró e Baiano, apontados como elos do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, são acusados pela cobrança e recebimento de US$ 40 milhões no âmbito de dois contratos assinados em 2006 e 2007 pela coreada Samsung Heavey Industries, em parceria com a japonesa Mitsui Co, para entrega de dois navios-sonda, Petrobras 100000 e Vitória 10000 – equipamentos para exploração de petróleo em águas profundas.
Do total de propina exigida, US$ 30 milhões teriam sido efetivamente pagos. Os outros US$ 10 milhões, segundo Julio Camargo,foram ‘exigidos’ pelo presidente da Câmara, em 2011. O delator disse que Eduardo Cunha se dizia ‘merecedor de US$ 5 milhões’.

As revelações de Camargo, em depoimento no processo que corre em primeira instância na Justiça Federal do Paraná, irritaram Eduardo Cunha. Ele pediu ao Supremo Tribunal Federal que tire das mãos do juiz Sérgio Moro, condutor das ações da Lava Jato em primeiro grau, o processo contra Cerveró, Baiano, Youssef e Julio Camargo.

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