segunda-feira, 20 de julho de 2015

POLÍCIA FEDERAL ENCONTRA INDÍCIOS CONTRA EDUARDO CUNHA

Investigadores da Polícia Federal têm como um dos pontos de partida para tentar comprovar o recebimento de US$ 5 milhões em propina pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um total de 35 operações financeiras feitas pelo lobista Julio Camargo, delator da Operação Lava-Jato, com o operador do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, entre 2006 e 2007. As movimentações somam US$ 14 milhões.
Os investigadores montaram uma tabela com base em informações e documentos fornecidos desde o ano passado por Camargo. Ela mostra as contas de 16 empresas offshores que eram indicadas por Baiano para receber sua parte da propina dos US$ 40 milhões por dois contratos da Petrobras para fornecimento de navios-sonda para exploração de petróleo, assinados na gestão do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró. Como o Estado mostrou ontem, o rastreamento de contas secretas dos dois investigados é fundamental para a comprovação da delação de Camargo.
"Por volta de julho de 2006 os denunciados Fernando Soares (Fernando Baiano) e Nestor Cerveró, este diretor da área Internacional da Petrobras na época, em conluio e com unidade de desígnios, cientes da ilicitude de suas condutas, em razão da função exercida por este último, solicitaram, aceitaram promessa e receberam, para si e para outrem, direta e indiretamente, vantagem indevida", registra a denúncia da força-tarefa da Lava-Jato que embasou a abertura da ação penal contra Camargo, Cerveró e Baiano, entre outros, por corrupção e lavagem de dinheiro.

A propina viria de dois contratos: a construção do navio-sonda Petrobras 10000, para perfuração de águas profundas na África, e outro do projeto do navio-sonda Vitória 1000, para exploração de petróleo no Golfo do Méxic
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