terça-feira, 14 de julho de 2015

PROCURADOR AFIRMA QUE A ODEBRECHT PAGOU PROPINA

O Ministério Público Federal pediu ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) que rejeite habeas corpus para o executivo Márcio Faria, da empreiteira Odebrecht, afastado do cargo depois que foi preso em 19 de junho na etapa Erga Omnes da Operação Lava Jato. Em manifestação nos autos do habeas corpus impetrado pelos advogados de defesa, o procurador regional da República Luiz Felipe Hoffmann Sanzi sustenta envolvimento de Márcio Faria 'na condição de diretor da Construtora Norberto Odebrecht, no esquema de propinas'.
O procurador afirma que os depoimentos de três delatores da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o ex-gerente de Engenharia da estatal Pedro Barusco e o doleiro Alberto Youssef, mais documentos juntados aos autos, 'comprovam depósitos em contas no exterior a título de propinas pagas aos agentes públicos atribuídos à Odebrecht'.
A força-tarefa da Lava Jato sustenta que a maior empreiteira do País pagou no exterior valores ilícitos a Paulo Roberto Costa no total de US$ 23 milhões. "Há elementos indiciários fáticos suficientes que denotam a participação do paciente (Márcio Faria) no pagamento de propinas", afirma o procurador, citando decisão do juiz federal Sérgio Moro, autor do decreto de prisão do executivo. "A empresa Odebrecht, obviamente, agia através de seus representantes, notadamente daqueles que detinham posição administrativa relevante na empresa, como é o caso de Márcio Faria.

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