domingo, 10 de dezembro de 2017

AS DIFICULDADES PARA APROVAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O presidente Michel Temer.Diante das dificuldades,a reforma pode ficar para fevereiro (Foto:  Mateus Bonomi / AGIF/AFP)
O presidente Michel Temer serpenteava entre as rodas de convidados espalhadas pelo amplo salão do Palácio da Alvorada durante o jantar oferecido na quarta-feira, dia 6, aos líderes das bancadas do Congresso e presidentes de partido para atualizar o placar de votos a favor da reforma da Previdência. Ao se aproximar do grupo em que estava o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Temer ouviu o que se passa nos subterrâneos do Congresso – resistência à reforma e desconfiança da contabilidade oficial, vendida com otimismo durante a maior parte da semana passada. Ouviu críticas à estratégia do governo. “Presidente, a liberação dos R$ 500 milhões para os sindicatos e o repasse de R$ 2 bilhões para os prefeitos deveriam ter sido condicionados à aprovação do texto da reforma”, disse um influente deputado. “Agora que eles já foram atendidos, o efeito pode ser inócuo.” Esfregando uma mão sobre o dorso da outra e alternando a de cima com a de baixo sucessivamente, Temer ouvia as queixas. Limitou-se a balbuciar: “Mas convenhamos... convenhamos...”

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