sábado, 16 de dezembro de 2017

TUCANOS QUEREM APROVAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

AFP / NELSON ALMEIDA
Depois de perder a chance de aprovar a reforma da Previdência este ano por não conseguir acumular os votos necessários, e jogar parte da conta na falta de engajamento do presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, a cúpula do Palácio do Planalto resiste em adotar mudanças exigidas pelos tucanos no texto. A inclusão de uma regra de transição para os servidores públicos que entraram antes de 2003, anunciada na última quarta-feira pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria sido uma das moedas de troca pelo fechamento de questão do PSDB, segundo interlocutores a par das negociações. Demandada pelos tucanos desde que a reforma chegou à Câmara, há um ano, a alteração foi anunciada horas depois de os tucanos terem decidido direcionar os votos da bancada a favor da matéria.

O apoio foi garantido — teoricamente, porque não há previsão de punição aos parlamentares infiéis —, mas a contrapartida é inviável do ponto de vista do Executivo e de articuladores influentes na Câmara. A mudança, que pretende favorecer ainda mais funcionários públicos que já têm direito a receber, na aposentadoria, o último salário e os reajustes da ativa, atacaria os dois nortes das alterações feitas até agora: a tentativa de igualar regras previdenciárias e o equilíbrio das contas públicas. O governo considera que incluir esse item mancharia o discurso de quebra de privilégios, que começa a ser aceito pela população, e teria impactos fiscais relevantes

Nenhum comentário:

Postar um comentário