sábado, 19 de maio de 2018

OBRAS DA PETROBRÁS FINANCIARAM PROPINAS DA ODEBRECHT

 - Peritos da PF (Polícia Federal) concluíram que a Odebrecht mantinha um caixa único para o repasse de propinas, alimentado por diversas obras, inclusive da Petrobras.
O novo laudo dos sistemas de contabilidade paralela da empreiteira, Drousys e MyWebDay, foi anexado aos autos do processo que envolve um sítio em Atibaia (SP) e tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como réu.
O caixa único também foi alimentado, segundo a perícia, por R$ 700 mil oriundos da obra Aquapolo. Na sua colaboração, Emyr Costa Junior, engenheiro da empreiteira, afirmou que este valor foi utilizado na reforma do sítio.
A relação das quantias foi apresentada em uma planilha com a inscrição Aquapolo, obra realizada no ABC paulista. Segundo o delator, a entrega do dinheiro foi feita no escritório do projeto, onde trabalhava na época.
Os peritos afirmaram, no entanto, que não encontraram documentos ou lançamentos que façam referência a termos como "Atibaia", "Sítio" e "Santa Bárbara".
Segundo o laudo, a Odebrecht tinha duas estruturas para geração e distribuição de recursos, garantindo os pagamentos ilícitos. A geração era operacionalizada pelo SG (Setor de Geração), enquanto a distribuição ficava a cargo do SEO (Setor de Operações Estruturadas). 
De acordo com os peritos, as obras eram realizadas majoritariamente no exterior e os serviços fictícios ou superfaturados eram contratados por meio de offshores.
O dinheiro ilícito era, então, enviado para um caixa único, onde diversas contas transferiam quantias entre si. Por fim, a propina era encaminhada para os receptores. 
As transações entre as offshores, segundo a PF, tinham como objetivo distanciar o recurso da sua origem, dificultando a identificação

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